Estava previsto que a viagem à África do Sul, que fizemos em agosto de 2018, fosse para maiores de 13 anos. As idades mínimas dos nossos programas são, em geral, indicativas, e não impedem que crianças mais jovens participem se, em conversa com os pais, considerarmos que são suficientemente autónomas, responsáveis e maduras para que a experiência seja positiva e impactante. E foi o aconteceu nesta viagem: levámos a Carlota, que celebrou na Cidade do Cabo o seu 13.º aniversário, a Teresa, com 12 anos, e a Alice, com 11 anos.

A Alice foi, até ao momento, a participante mais jovem nas nossas viagens com voluntariado e não podia ter corrido melhor!

A interação com o resto do grupo e com todas as pessoas que conhecemos na África do Sul – incluindo as crianças com quem trabalhámos durante uma semana – foi fantástica, e sentimos que pôde aproveitar na sua plenitude todos os benefícios desta experiência incrível.

No fim, foi com enorme orgulho e uma lágrima no olho que recebemos esta mensagem da Andreia, a mãe da Alice:

“Escrevo para vos agradecer.

Já tive oportunidade de conversar muito com a Alice sobre a viagem e todas as experiências que viveu na África do Sul.

O programa foi fantástico e a prova mais evidente disso é a forma como a Alice me descreveu tudo o que fez, aprendeu e sentiu.

Uma das coisas que considero mais importantes na educação de uma criança/adolescente é o desenvolvimento da capacidade crítica e o instinto imediato para questionar a realidade e o que lhe é apresentado, sem receios e de uma forma construtiva.

Infelizmente, o desenvolvimento destas capacidades não é uma prioridade em Portugal, em nenhum nível de escolaridade.

Quando “descobri” a EarlyBird associei de imediato estas viagens à possibilidade de a Alice, saindo da sua zona de conforto, desenvolver o seu espírito critico e experimentar sozinha uma serie de sensações novas.

E foi exatamente isso que aconteceu. Os relatos da Alice estão cheios de sentimentos, opiniões, constatações e soluções para tudo o que viu. Não relatou nada sem que a seguir não desse uma opinião, não quisesse saber também o que eu achava e quis discutir uma série de coisas comigo.

Adorou o trabalho de voluntariado, os relatos do Wayne Eaves e o contacto permanente com o Prosper.

Mesmo no aspeto pessoal, o facto de ser a mais nova e não conhecer ninguém (à exceção da Teresa e da Carlota, que foram espetaculares desde o primeiro minuto) teve aspetos positivos e trouxe-lhe alguns ensinamentos.

À Catarina não poderei agradecer o sossego que me transmitiu desde o primeiro dia. Somos todas Mães e bem sabemos que esse sossego não tem preço. Muito, muito obrigado, a Alice adorou a sua companhia e sentia-se muito segura e descansada.

Em resumo: Muitos parabéns a ambas! O EarlyBird é, sem dúvida, um projeto incrível.”

 

Catarina e Sofia